Desnorte
A palavra Saudades,
É difícil de dizer.
Por vezes fica a amizade
Como gostava de te ver !
É crime sem perdão.
Eu sei! Querer amar-te.
Agora que pouco resta
Da rosa vermelha que me deste
Guardo as pétalas dessa flor
Nas folhas velhas do meu missal.
E tudo rola, com o rolar do tempo !
Eu sei ! Foi pecado sem perdão !
Ideia fugaz do meu viver.
Amar-te, foi pecado sem perdão.
Como gostava de te ver !
Meus sonhos são doida fantasia !
Fugazes, misteriosos, irrealizáveis !
Vivo no meu mundo de poesia
Em redoma de vidros inquebráveis !
Sou rocha firme que não parte !
Sou rude como pedra da ribeira !
As tuas mãos, são pétalas macias
Que afagam minha face envelhecida.
Foste o sonho, a vida, a morte
De meus sonhos, de doidas fantasias
Fugaz sonho ou desnorte ?
Sonhei mais uma vez contigo !
Tenho saudades!
Gostava de voltar a ver-te!
Amei uma ilusão. Uma fantasia !
Amor, beijo a tua face.
Guardei os beijos que me deste
Na palma da minha mão,
Juntos com a fantasia do meu sonho.
Já pouco mais me resta
Da vida que se esvai pouco a pouco.
Mas sonhei contigo !
Eu sei !
Amar-te foi pecado sem perdão !
Natércia Martins
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