sexta-feira, 10 de julho de 2009

Desnorte

A palavra Saudades,

É difícil de dizer.

Por vezes fica a amizade

Como gostava de te ver !

É crime sem perdão.

Eu sei! Querer amar-te.

Agora que pouco resta

Da rosa vermelha que me deste

Guardo as pétalas dessa flor

Nas folhas velhas do meu missal.

E tudo rola, com o rolar do tempo !

Eu sei ! Foi pecado sem perdão !

Ideia fugaz do meu viver.

Amar-te, foi pecado sem perdão.

Como gostava de te ver !

Meus sonhos são doida fantasia !

Fugazes, misteriosos, irrealizáveis !

Vivo no meu mundo de poesia

Em redoma de vidros inquebráveis !

Sou rocha firme que não parte !

Sou rude como pedra da ribeira !

As tuas mãos, são pétalas macias

Que afagam minha face envelhecida.

Foste o sonho, a vida, a morte

De meus sonhos, de doidas fantasias

Fugaz sonho ou desnorte ?

Sonhei mais uma vez contigo !

Tenho saudades!

Gostava de voltar a ver-te!

Amei uma ilusão. Uma fantasia !

Amor, beijo a tua face.

Guardei os beijos que me deste

Na palma da minha mão,

Juntos com a fantasia do meu sonho.

Já pouco mais me resta

Da vida que se esvai pouco a pouco.

Mas sonhei contigo !

Eu sei !

Amar-te foi pecado sem perdão !

Natércia Martins

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